More productive...
Por muito que estas possam ser ideias consentâneas à maioria dos mortais na medida em que revelam uma extraordinária apetência para a sociabilidade, bem como a capacidade de nos integrarmos e de sabermos viver em comunidade, a verdade é que relevam acima de tudo, como medida de uma tremenda vulgaridade.
Indiciam da nossa capacidade de sermos felizes com aquilo que temos e da nossa incapacidade de assumirmos a vida como um desafio permanente e de nos reinventarmos noutras pessoas, resultante da chatice que é permanecermos iguais e vivermos a nossa vida de forma puramente linear.
Nenhum vector é constante. Nenhum segmento de recta é imperturbável. A vida humana, enquanto fenómeno localizado, no tempo e no espaço, sucumbe de igual forma à necessidade inexorável que a Natureza tem, de sujeitar todas as realidades, sem excepção, à transformação.
O caos tiquetaqueado pelos ponteiros de um relógio que se desacerta em cada movimento.
Como corolário deste raciocínio, decido desde já, com efeitos imediatos, irrevogáveis e irreversíveis renunciar à apascentação de moi même e tirar umas férias. De mim próprio. Uma pausa para retemperar as ideias e para dormir um pouco. Changes, Bowie style, mas sem a pianola mariconça e sem aquele som roufenho dos amplificadores sessenteiros.
A emissão será retomada dentro de instantes.
A Gerência agradece a V. compreensão.
Particularidades e passos perdidos.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
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4 comentários:
Alterar a percepção que temos de nós próprios é, certamente e sem qualquer espaço para dúvidas, uma das experiências humanas mais difíceis e desgastantes que podemos levar a cabo. Implica, antes de mais, uma negação quase absoluta de tudo o que conhecemos sobre nós e sobre aquilo que de nós esperamos.
Adensa-se a complexidade ao aplicarmos esses novos moldes ao mundo exterior e à forma como nos relacionamos com eles. Não se trata de tirar umas férias de ti próprio, meu caro, mas sim da transmutação completa dos nossos comportamentos e um corte radical dos fios de títere que nos condicionam, abandonando a forma desengonçada com que percorremos o espaço dos outros. Tira férias sim, mas não de ti - deles!
Nega a abnegação, impugna o conformismo, sem te cingires porém à oclusão.
Não sou tão profunda qto vocês, mas uma coisa te digo sê fiel ati próprio (sim eu sei q é um cliché) and enjoy your vacations!!
O q eu não gostei mesmo, foi dos adjectivos usados em relação ao meu Bowie... Vamos lá ver!!
Music changes everything!
Hope changes everything!!
http://www.youtube.com/watch?v=lLVN3Trs5VQ
LOL
Quem acendeu a luz?
tou cá... e que o regresso seja para durar...
abração
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